O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,39% em novembro, conforme divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (10). Embora o ritmo de aumento tenha diminuído em relação a outubro, a inflação acumulada em 12 meses alcançou 4,87%, ultrapassando a meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual. O impacto foi sentido pelos moradores de Brumadinho, principalmente no custo da alimentação.
O grupo Alimentação e Bebidas foi o maior responsável pela pressão inflacionária no mês, com alta de 1,55%. O aumento expressivo nos preços das carnes, que subiram 8,02%, afetou diretamente os consumidores, elevando os valores de cortes populares como alcatra, contrafilé e costela. O óleo de soja também contribuiu para a alta, com impacto significativo no orçamento das famílias brumadinhenses.
No setor de Transportes, a inflação também foi impulsionada, com aumento de 0,89%. As passagens aéreas lideraram o avanço, registrando alta de 22,65%, enquanto combustíveis, como gasolina e etanol, apresentaram leve queda, reduzindo a pressão nesse grupo.
Por outro lado, o grupo Habitação trouxe alívio, com recuo de 1,53%, especialmente devido à queda de 6,27% na energia elétrica residencial, resultado da bandeira tarifária amarela em novembro. Em dezembro, a bandeira verde, que não inclui cobranças adicionais, deverá continuar beneficiando os consumidores locais.
Além disso, as Despesas Pessoais subiram 1,43%, puxadas pela alta de 14,91% nos preços dos cigarros, consequência do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Esse aumento também impactou indiretamente o orçamento das famílias em Brumadinho.
O cenário reforça a necessidade de atenção à evolução dos preços e aos reflexos nos custos do dia a dia da população. Em uma cidade onde a carne e outros alimentos básicos são essenciais na mesa das famílias, a alta nos preços preocupa e exige planejamento financeiro.
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