top of page

Greve de caminhoneiros ameaça abastecimento de postos em Brumadinho e região

  • Foto do escritor: Guilherme Almeida
    Guilherme Almeida
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura
Foto - Divulgação
Foto - Divulgação

A continuidade da greve dos caminhoneiros que transportam combustíveis em Minas Gerais já compromete o abastecimento de gasolina e diesel em diversos postos de bandeira Petrobras, incluindo aqueles que atendem a região de Brumadinho. O movimento, iniciado na madrugada desta segunda-feira (9), é liderado por profissionais ligados ao Sindtanque-MG, que alegam descumprimento de leis que garantem o pagamento do piso mínimo de frete e do vale-pedágio obrigatório. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Minaspetro), os estoques de muitos revendedores da marca Vibra — antiga BR Distribuidora — estão em níveis considerados “extremamente baixos”, e o risco de desabastecimento já é concreto.

Em Belo Horizonte, foi encontrado um cenário preocupante em um posto da avenida Teresa Cristina: apenas uma bomba ainda tinha gasolina disponível, e o frentista estimava que o produto acabaria em poucas horas. Essa situação tende a se repetir em outros municípios, uma vez que os caminhoneiros em greve seguem bloqueando a entrada de motoristas da modalidade FOB — quando o dono do posto arca com os custos do frete — nas bases de distribuição, impedindo o carregamento dos combustíveis. Imagens divulgadas nesta semana mostram dezenas de caminhões parados nos arredores da base da Vibra Energia, localizada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Os grevistas denunciam que empresas como a própria Vibra estariam pagando valores até 15% abaixo do piso mínimo legal do frete, estabelecido pela Lei 13.703/2018, além de não cumprirem corretamente o pagamento antecipado do vale-pedágio obrigatório, determinado pela Lei 10.209/2001. Segundo o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, a situação se arrasta há meses e, mesmo após diversas tentativas de diálogo, os transportadores continuam sendo lesados. Ele afirma que em muitos casos os caminhoneiros arcam com custos do pedágio, e quando recebem, só é pago parcialmente.

A Vibra Energia, em nota, afirmou que está tomando medidas para mitigar riscos de desabastecimento e assegurou que seus contratos com transportadoras seguem vigentes e devem ser cumpridos. A empresa também declarou estar aberta ao diálogo individual com os contratados, mas repudiou qualquer tentativa de combinação coletiva de preços, por entender que isso pode configurar infração à legislação de defesa da concorrência.

Em Minas Gerais, os postos da bandeira Petrobras representam cerca de 16% do total de revendedores de combustíveis, mas são responsáveis por grande parte da distribuição nas regiões centrais e rurais do estado. Em Brumadinho, onde o transporte é essencial para a locomoção entre distritos e zonas mais afastadas, a escassez de combustível pode gerar impacto direto na rotina da população. Agricultores, comerciantes, profissionais de saúde e educação, além de trabalhadores que dependem do transporte particular ou de pequenas frotas terceirizadas, devem ser os primeiros a sentir os efeitos da paralisação, caso o fornecimento não seja restabelecido.

O Portal Independente segue acompanhando os desdobramentos da greve e os impactos diretos nos municípios da região. A orientação para os consumidores é que evitem estocar combustíveis e que busquem informações confiáveis antes de se dirigirem aos postos.

留言


Anuncie Apoio_edited.jpg
Anúncio quadrado - Independente (3).png
Anúncio quadrado - Independente.png
bottom of page