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Fiocruz alerta: alimentos ultraprocessados aumentam riscos de doenças e mortes prematuras

Foto do escritor: Moisés OliveiraMoisés Oliveira
Foto - Divulgação

Um alerta importante para os moradores de Brumadinho: o consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, macarrão instantâneo e bolachas recheadas, pode estar diretamente ligado a milhares de mortes e doenças graves no Brasil. Um estudo inédito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (21), revelou que cerca de 57 mil mortes anuais no país — o equivalente a seis por hora — são atribuídas a esses produtos, que também geram um impacto econômico bilionário no sistema de saúde.

Esses alimentos, comuns em muitas mesas por conta da praticidade e do baixo custo, estão associados a doenças como obesidade, hipertensão e diabetes tipo 2, problemas que afetam a qualidade de vida e a longevidade da população. Em cidades como Brumadinho, onde a oferta de alimentos frescos e saudáveis pode ser limitada em algumas áreas, o consumo de ultraprocessados precisa ser encarado como um risco para a saúde da comunidade.

O estudo aponta que o impacto econômico causado por essas doenças é alarmante. Apenas o SUS gasta mais de R$ 933 milhões por ano com internações e medicamentos relacionados a esses problemas. Além disso, há um prejuízo de R$ 9,2 bilhões devido a mortes prematuras, que retiram pessoas em idade produtiva do mercado de trabalho.

O alerta se estende à forma como esses produtos chegam às prateleiras. Muitos são ricos em sal, açúcar e gorduras saturadas, ingredientes que, em excesso, prejudicam a saúde e aumentam o risco de complicações crônicas. Em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o consumo desses alimentos é mais elevado, as taxas de mortalidade atribuíveis aos ultraprocessados são ainda maiores que a média nacional.

Embora o estudo tenha foco em dados nacionais, a realidade em Brumadinho não é diferente. O consumo desses produtos muitas vezes substitui uma alimentação mais saudável e balanceada, especialmente em locais onde faltam opções acessíveis de alimentos frescos. Essa situação pode agravar problemas de saúde que afetam diretamente os moradores e sobrecarregam o sistema público de saúde.


O que pode ser feito para reverter essa realidade

Especialistas defendem ações urgentes, como a tributação de ultraprocessados, incentivo ao consumo de alimentos in natura e campanhas educativas que alertem sobre os riscos desses produtos. Para as famílias de Brumadinho, a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis é um passo essencial, priorizando alimentos naturais e locais, que além de nutritivos, fortalecem a economia regional.

Além disso, é fundamental que a população esteja atenta ao impacto do marketing e às embalagens atrativas que mascaram os perigos desses produtos. A informação é uma ferramenta poderosa para evitar que a alimentação se torne uma ameaça à saúde.

Brumadinho precisa fortalecer o compromisso com a saúde da comunidade, promovendo o acesso a alimentos saudáveis e combatendo o consumo excessivo de ultraprocessados. O cuidado começa em casa, mas deve ser apoiado por políticas públicas e conscientização coletiva.

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