
Uma criança de apenas dois anos sofreu uma reação grave após um erro na administração de uma vacina na Policlínica de Brumadinho, na última quinta-feira, 6. O menino recebeu uma dose antes do intervalo mínimo recomendado entre as aplicações, o que provocou sintomas severos, como febre persistente, manchas vermelhas pelo corpo e inchaço. Diante do agravamento do quadro, os pais buscaram atendimento na UPA da cidade, onde um exame apontou uma alteração imunológica 17 vezes acima do limite considerado aceitável para a idade. O caso expôs falhas no controle da imunização e levantou questionamentos sobre a capacitação dos profissionais que atuam na área. A Secretaria Municipal de Saúde reconheceu o erro e anunciou a abertura de uma sindicância para apurar as circunstâncias da aplicação equivocada.
Segundo Larissa Santos, mãe da criança, o menino foi levado à unidade para atualização do cartão vacinal e, durante o atendimento, duas profissionais participaram do processo: uma delas anotou quais imunizantes seriam aplicados e a outra apenas assinou e administrou as doses. Pouco depois de deixar o local, a mãe percebeu que o filho não conseguia andar direito e apresentava febre alta. Em casa, medicou a criança, mas a temperatura não cedeu. No dia seguinte, os sintomas persistiram e foram acompanhados pelo surgimento de manchas avermelhadas e inchaço nas pernas e nos olhos. Alarmada, Larissa correu com o filho para a UPA de Brumadinho, onde foi informada pelo pediatra que a reação poderia estar ligada à vacina aplicada fora do prazo correto.
Após a análise dos documentos de vacinação, a família confirmou que a dose administrada no dia 6 de fevereiro só poderia ser aplicada a partir do dia 27 do mesmo mês. Ou seja, a criança recebeu o imunizante com três semanas de antecedência. A equipe da Policlínica admitiu o equívoco posteriormente, mas, segundo a mãe, nenhuma orientação foi dada no momento da aplicação. O exame realizado na UPA constatou uma alteração imunoturbiométrica alarmante, evidenciando o impacto do erro no organismo do menino.
O caso gerou indignação entre moradores de Brumadinho, que cobraram mais rigor na capacitação dos profissionais responsáveis pela vacinação. Erros desse tipo podem comprometer a saúde de crianças e adultos, tornando essencial o cumprimento rigoroso dos protocolos de imunização. Especialistas alertam que a aplicação inadequada de vacinas pode provocar reações adversas graves e que falhas como essa devem ser evitadas com treinamentos frequentes da equipe de saúde.
Em nota divulgada no sábado, 8, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou que houve um equívoco na administração do imunizante e garantiu que está investigando o ocorrido. A pasta anunciou a abertura de uma sindicância para esclarecer os detalhes do caso e, se necessário, aplicar medidas cabíveis aos responsáveis. A familia da criança agora aguarda respostas e medidas concretas para evitar que novos erros como esse coloquem outras vidas em risco.
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