O desafio agora é definir a logística de distribuição das doses para os estados e a estratégia de aplicação
O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (15) que a vacinação contra a dengue dará prioridade a crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos. A decisão, alinhada com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), visa imunizar crianças acima de quatro anos e adultos até 60 anos. O desafio agora é definir a logística de distribuição das doses para os estados e a estratégia de aplicação.
Produzida pelo laboratório Takeda, a Qdenga terá uma distribuição inicial limitada no Brasil, com apenas 6 milhões de doses previstas para 2024, devido à capacidade de produção do imunizante. O escalonamento na aplicação das doses será necessário, e a vacina requer duas doses para assegurar a proteção individual, abrangendo cerca de 3 milhões de pessoas. Além disso, o Ministério da Saúde deve selecionar regiões específicas para receber a Qdenga em detrimento de outras.
A decisão de priorizar a vacinação contra a dengue ocorre após o Ministério da Saúde ter anunciado, há cerca de um mês, um recorde de mortes pela doença em 2023, totalizando 1.079 óbitos até 27 de dezembro. O Brasil lidera mundialmente os casos de dengue, registrando 2,3 milhões dos 2,5 milhões de casos nas Américas em 2022. Em resposta a essa situação crítica, o país tornou-se o primeiro a incorporar a Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando sua estratégia de combate à doença.
O Brasil busca fortalecer sua resposta à dengue, priorizando a vacinação de crianças e adolescentes diante dos desafios apresentados pela produção limitada da Qdenga.
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