A cidade de Congonhas, vizinha de Brumadinho, está adotando uma abordagem inovadora no combate à dengue, utilizando uma tecnologia que envolve a liberação de mosquitos geneticamente modificados, conhecidos como "aedes aegypti do bem". Os moradores de Congonhas estão otimistas com os resultados positivos alcançados por meio desse método.
Mais de 4,5 mil caixas foram estrategicamente distribuídas pela cidade, cada uma contendo cerca de 7 mil ovos do mosquito macho geneticamente modificado. Os pesquisadores inserem um gene nos embriões que produz a proteína tTAV. Os machos modificados são liberados no ambiente, cruzam com as fêmeas, e apenas os machos sobrevivem, herdados da mutação genética do pai. A expectativa é que a população de fêmeas diminua ao longo do tempo, reduzindo a transmissão do vírus da dengue, zika e chikungunya.
A tecnologia foi desenvolvida por uma empresa inglesa e recebeu aprovação da CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Leandro Astarita, coordenador da CTNBio, assegura que todas as etapas estão sendo monitoradas para garantir a segurança da população.
"A gente pode afirmar que para a população é extremamente seguro. Questões ambientais, a gente não observa nenhum problema, exceto a redução da população do aedes aegypti, que é o grande problema dessa transmissão da dengue", destaca Astarita.
A prefeitura de Congonhas planeja espalhar mais de 60 milhões do "mosquito do bem" pela cidade ao longo de um ano. Diante dos bons resultados alcançados por Congonhas, Brumadinho pode considerar a possibilidade de adotar essa tecnologia inovadora como uma estratégia adicional no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, na redução dos casos de dengue na região. A cooperação entre cidades vizinhas pode fortalecer ainda mais as ações de prevenção e controle dessas doenças transmitidas pelo mosquito.
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