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Foto do escritorGuilherme Almeida

Caixa altera regras de financiamento imobiliário e exige entrada maior

Foto - Divulgação

Os brasileiros que buscam financiar imóveis pela Caixa Econômica Federal precisam lidar com novas regras que exigem uma entrada maior e limitam o percentual financiado. As mudanças, que começaram a valer neste mês de dezembro, afetam financiamentos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza recursos da caderneta de poupança. Para os moradores de Brumadinho, onde o financiamento imobiliário é essencial para a aquisição de imóveis, a novidade pode impactar diretamente o planejamento de muitas famílias.

Agora, quem optar pelo sistema de amortização constante (SAC), em que as parcelas diminuem ao longo do contrato, deverá pagar uma entrada equivalente a 30% do valor do imóvel, contra os 20% exigidos anteriormente. Já para financiamentos no modelo Price, com prestações fixas, o valor de entrada subiu de 30% para 50%. A Caixa também restringiu o acesso ao crédito, permitindo financiamentos apenas para quem não possui outro financiamento habitacional ativo junto ao banco.

Além disso, o valor máximo dos imóveis financiados pelo SBPE foi fixado em R$ 1,5 milhão, mesmo limite já vigente no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que oferece juros mais baixos. Antes da mudança, as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não tinham restrições de valor para os imóveis.

Segundo a Caixa, as alterações são necessárias para conter a pressão sobre a carteira de crédito habitacional, que já ultrapassa o orçamento previsto para 2024. Apenas até setembro deste ano, o banco liberou R$ 175 bilhões em financiamentos imobiliários, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Dentro do SBPE, foram concedidos R$ 63,5 bilhões.

O banco atribuiu o aperto à escassez de recursos disponíveis na caderneta de poupança e ao aumento na procura por linhas de crédito da Caixa, impulsionado pela elevação das taxas de juros nos bancos privados. Dados do Banco Central apontam que setembro registrou o maior volume de saques líquidos na poupança em 2023, totalizando R$ 7,1 bilhões.

Apesar das limitações, as condições atuais serão mantidas para financiamentos de unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos em construção financiados pela Caixa, garantindo que esses contratos não sejam afetados. Contudo, não está claro se as medidas serão temporárias ou se parte delas será mantida no futuro.

As mudanças representam um desafio adicional para os moradores de Brumadinho, onde a aquisição de imóveis financiados pela Caixa é uma solução comum. As novas exigências podem exigir maior planejamento financeiro das famílias locais, principalmente para reunir os valores de entrada mais elevados agora exigidos.

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