Cadelinha atropelada em Brumadinho morre após ser socorrida pelo canil municipal
- Talles Costa
- 2 de jun.
- 2 min de leitura

Um crime ambiental chocou moradores de Brumadinho na manhã desta terça-feira (2), quando o motorista de uma caminhonete branca atropelou uma cadela na Rua Henri Karam, no bairro Progresso II, e fugiu sem prestar socorro. A vítima foi resgatada pelo canil municipal, mas, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e morreu. O caso, que revoltou a população local, está sendo investigado pelas autoridades, que já buscam imagens de câmeras de segurança para identificar o responsável.
O atropelamento e a fuga configuram infração prevista no Artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), que estabelece pena de detenção de três meses a um ano, além de multa, para quem pratica atos de abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilação de animais. Além disso, o motorista pode responder administrativamente por infração gravíssima de trânsito, devido à omissão de socorro a uma vítima, mesmo sendo um animal.
Em Brumadinho, a indignação com a violência contra a cadela evidencia um problema recorrente: o descaso com a causa animal e a fragilidade na fiscalização das leis que deveriam garantir proteção. Moradores se manifestaram nas redes sociais repudiando o ato e cobrando uma apuração rigorosa, enquanto outros, lamentavelmente, tentaram justificar o crime sob a alegação de que o animal estava solto na via pública — argumento que não exime a responsabilidade do condutor.
O episódio reforça a importância de conscientizar a sociedade sobre a responsabilidade de cada um na proteção dos animais, principalmente os que vivem em situação de rua, e a necessidade de endurecer o cumprimento das leis já existentes. Especialistas e ativistas da causa animal destacam que, para construir uma sociedade mais justa e humana, é fundamental o respeito à vida de todos os seres, sobretudo os mais vulneráveis.
As autoridades seguem mobilizadas para identificar o autor e responsabilizá-lo conforme determina a legislação. O caso gerou comoção entre os brumadinhenses, que veem no episódio um triste reflexo da negligência social com o bem-estar animal, e reforçam a necessidade de políticas públicas mais efetivas para prevenção e punição de crimes como este.
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