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Bebê indígena de 1 ano morre eletrocutado em aldeia de Brumadinho

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • 30 de out.
  • 2 min de leitura
Foto - Arquivo Pessoal
Foto - Arquivo Pessoal

Uma trágica fatalidade atingiu a comunidade indígena de Brumadinho nesta quarta-feira (29) quando o bebê Hendrick Thawyk Naixu, de apenas um ano de idade, morreu eletrocutado na aldeia Kamakã Mongoió, localizada na região de Córrego de Areias. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, o acidente ocorreu após um animal doméstico derrubar um fio elétrico improvisado que alimentava uma máquina de lavar, causando a descarga elétrica que atingiu a criança. Os pais tentaram reanimar o bebê e o levaram rapidamente à Unidade de Pronto Atendimento de Piedade do Paraopeba, mas a criança já chegou sem vida ao local, gerando comoção entre os brumadinhenses e nas redes sociais.

As circunstâncias do acidente revelam uma grave situação de vulnerabilidade enfrentada pela comunidade indígena. A instalação elétrica improvisada, que resultou na tragédia, era utilizada devido à ausência de uma rede elétrica regular na aldeia, uma reivindicação antiga das lideranças locais junto aos órgãos competentes. A falta de infraestrutura adequada para o fornecimento de energia elétrica expõe os residentes da aldeia a riscos constantes, situação que agora culminou na perda irreparável de uma vida infantil.

Lideranças da comunidade Kamakã Mongoió manifestaram profunda indignação diante do ocorrido, destacando que diversos pedidos formais para a instalação de uma rede elétrica segura já haviam sido encaminhados às autoridades responsáveis. A tragédia evidencia a negligência no atendimento às necessidades básicas das populações indígenas do município, levantando questionamentos sobre a efetividade das políticas públicas destinadas a essas comunidades tradicionais em Brumadinho.

O corpo do bebê Hendrick permaneceu sob custódia do Instituto Médico Legal e deverá ser liberado nesta quinta-feira para realização do sepultamento, cujo horário ainda não foi definido. A comoção tomou conta tanto da comunidade indígena quanto da população brumadinhense em geral, com manifestações de solidariedade e apoio às famílias enlutadas circulando intensamente nas redes sociais e nos grupos comunitários da região.

O caso reacende o debate sobre as condições de infraestrutura e a garantia de direitos básicos para as comunidades indígenas estabelecidas no território de Brumadinho. A tragédia serve como um alerta urgente para que os órgãos públicos municipais e estaduais tomem providências imediatas para regularizar a situação elétrica não apenas na aldeia Kamakã Mongoió, mas em todas as comunidades tradicionais que enfrentam problemas similares, prevenindo que novos acidentes venham a ocorrer no futuro.


Nota da Prefeitura de Brumadinho sobre o caso

A Prefeitura de Brumadinho informa que está prestando todo o apoio necessário à família da criança da aldeia Kamakã Mongoió, em Casa Branca, incluindo a disponibilidade de pagamento das despesas funerárias, e o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos e assistente social e equipe do Comitê de Equidades. Além disso, foi oferecido um café da manhã em formato de apoio social à aldeia.

Em relação à situação mencionada sobre a falta de sistema da Cemig no local, a Brumadinho Ativos, empresa responsável pela operação, manutenção e extensão da rede de iluminação pública, informou que enviará uma equipe técnica para avaliar a situação e encaminhar as demandas à Cemig, uma vez que a responsabilidade pelo sistema é da companhia elétrica.

A Prefeitura mantém o compromisso com o apoio à comunidade indígena e segue acompanhando o caso com sensibilidade e respeito.

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