O consumo nos lares mineiros cresceu 2,68% nos primeiros oito meses de 2024, de acordo com um balanço da Associação Mineira de Supermercados (Amis). Este crescimento reflete os gastos das famílias em estabelecimentos de todo o estado e é um indicativo positivo do ambiente econômico, que se beneficia da queda nas taxas de desemprego e da melhora na renda dos trabalhadores.
Conforme a Amis, em agosto, houve um crescimento de 1,71% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, evidenciando uma tendência de alta no consumo familiar. No comparativo mensal, entre julho e agosto de 2024, foi registrado um aumento de 2,94%. O presidente executivo da Amis, Antônio Claret Nametala, destaca que essa recuperação deve-se, em parte, ao bom cenário econômico de Minas Gerais, ressaltando que a estabilidade financeira das famílias e o aumento do número de trabalhadores no mercado formal são fatores determinantes para o crescimento do setor. “O comportamento da demanda em supermercados é muito sensível à renda do consumidor e à estabilidade financeira das famílias”, afirmou.
Ao analisar o desempenho regional, a pesquisa revela que a região Central de Minas foi a que obteve o melhor desempenho em agosto, com uma alta de 3,30%. Em contraste, as regiões Norte e Noroeste apresentaram os menores crescimentos, com 2,01%. Claret ressalta que agosto é um mês em que muitas famílias retornam das férias e realizam suas compras mensais, o que pode explicar o aumento, especialmente na região Central, fortemente influenciada pela Grande BH. “A região Central foi exatamente a que mais cresceu na pesquisa, por ser a que mais ‘perde’ consumidores em julho e os têm de volta em agosto”, explicou.
Entretanto, esse crescimento no consumo não ocorre sem desafios. O custo de vida em Belo Horizonte, por exemplo, subiu 0,62% em setembro, impulsionado pela estiagem prolongada que afeta o estado desde abril. Os preços dos alimentos têm pressionado o orçamento das famílias, com destaque para o aumento do café moído, que subiu 16,14%, custando agora R$ 25,55 em um pacote de 600 gramas.
Com essas mudanças no consumo e no custo de vida, os mineiros estão se tornando mais cautelosos na gestão de suas finanças, buscando maneiras de equilibrar seus orçamentos e aproveitar ao máximo o que o mercado tem a oferecer.
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