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Atingidos seguem sem reparação integral e denunciam falta de participação popular nas decisões

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • 27 de fev.
  • 2 min de leitura
Foto: REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados
Foto: REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados

Seis anos após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, os atingidos pelo desastre continuam enfrentando dificuldades para obter reparação integral. A tragédia-crime, que deixou 272 vítimas fatais e impactou milhares de pessoas ao longo da Bacia do Rio Paraopeba, segue sem respostas concretas por parte do Estado de Minas Gerais e das Instituições de Justiça.

Em resposta a um ofício enviado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), as autoridades reafirmaram compromissos genéricos, sem indicar avanços significativos nos processos de reparação. Os atingidos denunciam que, além da morosidade, há uma exclusão sistemática da participação popular nas decisões que deveriam garantir a reconstrução da vida das comunidades afetadas.

De acordo com o MAB, diversas famílias continuam vivendo em condições precárias, sem acesso adequado a água potável, moradia digna e oportunidades de trabalho. "O Estado e as empresas envolvidas assinam acordos sem ouvir aqueles que mais sofreram com a tragédia. Isso não é justiça, é mais um atropelo dos direitos dos atingidos", afirma um dos coordenadores do movimento.

A indenização para muitas das vítimas ainda é uma realidade distante. Apesar de acordos bilionários assinados entre o governo e a mineradora, muitos atingidos alegam que não foram devidamente consultados e que os valores pagos não cobrem todas as perdas materiais e imateriais sofridas.

Além disso, especialistas alertam que os impactos ambientais continuam sendo subestimados. Seis anos após o desastre, a qualidade da água do Rio Paraopeba ainda não foi completamente restaurada, e comunidades ribeirinhas seguem sofrendo com a contaminação e a perda da biodiversidade local.

Diante desse cenário, o MAB reforça a necessidade de uma negociação transparente, com participação efetiva dos atingidos na formulação e implementação das medidas de reparação. "Não queremos esmolas ou migalhas, queremos justiça e dignidade para seguir em frente", conclui um morador de Brumadinho que perdeu familiares na tragédia.

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