Dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (26) mostram que a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) registrou alta de 0,62% em novembro, acima das projeções do mercado financeiro, que estimavam uma variação entre 0,22% e 0,58%. Este resultado representa a maior inflação para o mês de novembro desde 2021 e coloca a taxa acumulada em 12 meses em 4,77%. Esse percentual já ultrapassa o teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 4,5% para o IPCA em 2024.
O grupo de alimentação e bebidas foi o principal responsável pelo aumento, registrando alta de 1,34% no mês. No segmento de alimentação no domicílio, os preços dispararam 1,65%, com destaque para produtos como óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%). Por outro lado, itens como cebola (-11,86%) e ovo de galinha (-1,64%) apresentaram queda. A alimentação fora do domicílio subiu de forma mais moderada, com variação de 0,57%.
Outro fator significativo foi o aumento de 22,56% nas passagens aéreas, que tiveram o maior impacto individual na inflação deste mês. Já o grupo de habitação, que inclui a energia elétrica residencial, registrou desaceleração, influenciada pela mudança para a bandeira tarifária amarela, o que trouxe um alívio em relação ao mês anterior.
Os preços crescentes preocupam as famílias de Brumadinho, que sentem no dia a dia o peso da inflação nos alimentos básicos e outros itens essenciais. A alta acumulada impacta diretamente o poder de compra, tornando o planejamento financeiro ainda mais desafiador para muitos moradores.
O IPCA-15, que é calculado com base em dados coletados entre 12 de outubro e 12 de novembro, antecipa tendências para o IPCA, índice oficial de inflação. O resultado final de novembro será divulgado em 10 de dezembro e deverá trazer mais detalhes sobre os impactos econômicos no Brasil, refletindo nas políticas monetárias e no cotidiano das cidades como Brumadinho.
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